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Mídia Multiplayer: O Storytelling 3.0

Atualizado: 13 de mai.

Estórias que nascem do público tocam mais fundo ao seu coração.

 

imagem: depsitphotos + cidade dos homens | tv globo e o2 filmes : divulgação.

Resumo:
  • Mídia Monolítica: Como criávamos hostórias até a Web 1.0.

  • Mídia Maníaca: Milhões de criadores surgem desordenadamente com as Redes Sociais na Web 2.0.

  • Mídia Multiplayer: O desafio dos milhares criando para milões como uma das novas froteiras da Web 3.0.

  • Um novo Framework de Storytelling para Rio Frenz.

 

Um de nossos maiores desafios aqui é conceber uma forma de Storytelling alinhada ao caráter colaborativo da web 3.0. Mas seguindo um retweet do @RodrigoPortaro, conhecemos o conceito de Mídia Multiplayer apresentado por Mario Gabriele, fundador e editor do portal The Generalist. Uma excelente perspectiva de como as estórias foram são e serão criadas, que decidimos adotar aqui em Rio Frenz.

Olha que bacana neste resumo do conceito!

 

3 maneiras de contar estórias ao longo do tempo

Mídia Monolítica


Até a web 1.0, o trabalho do criador era algo solitário:

O escritor e sua folha em branco.

O pintor e sua tela em branco.

Poderia, claro, haver a colaboração de muitos, em diferentes formas. Mas na hora derradeira da criação, a decisão em “matar ou não" o herói da estória cabia ao criador e a ele apenas.


Mario chama esse período de MÍDIA MONOLÍTICA: Onde o "fardo" da CRIATIVIDADE recai sobre um único INDIVÍDUO e o PRODUTO FINAL é divulgado para MUITAS PESSOAS.

Aparentemente isso valoriza o criador, mas na prática não era bem assim. Neste modelo o poder estava nas mãos do DISTRIBUIDOR. Sem uma editora para publicar seu livro e uma rede de livrarias para distribuí-lo, o autor não podia levar sua estória para o mundo. Era refém do sistema de sitribuição e seus GATE KEEPERS.


Mídia Maníaca


Com a chegada da Web 2.0 e as redes sociais, tudo mudou! (Para o bem e para o mal.)

Milhões de criadores ganharam voz em canais digitais, alcançando diversos públicos em múltiplos canais. Tudo lindo, mas de tal forma desordenada que resultou em 3 mudanças sinistras que caracterizam esse peíodo:


  1. O Aumento Exponencial da Produção: Sem os “gate keepers”, milhões de criadores produziam bilhões de criações a todo momento e em todo lugar do mundo. Um excedente de mão-de-obra foi revelado, um superávit criativo.

  2. A Fratura da Obra: As plataformas de mídias sociais restringiram os meios de expressão, cada uma à sua maneira. No Twitter, a 280 caracteres. No You Tube a conteúdos longos, depois curtos e agora micro, com os Shorts. No TikTok, qualquer um com algo a dizer trocava o discurso por 30 segundos de dancinhas. Vale tudo para ser visto ou ouvido. Além disso o tribunal do público assumiu o posto de juíz supremo. Ao mais leve deslize, você era subitamente “cancelado” - a versão High Tech das fogueiras da inquisição.

  3. As Colaborações Caóticas: Por fim e não menos relevante, os criadores ganharam acesso direito a milhões de “consumidores de conteúdo”. A resposta do público passa assim a “moldar" as novas peças de criação. Às vezes de forma tão contundente que é mal se consegue identificar a digital do autor. Algoritmos ditam roteiro e conteudo. Pequenas mentiras repetidas milhões de vezes tornam-se grandes verdades em uma escala jamais vista.


Em âmbito geral, a era da mídia maníaca permitiu novos padróes de comportamentos e alcances virais de público. Muitas pessoas criam simultaneamente, a partir da comunhão entre artista e público e em colaborações caóticas.

Mídia Multiplayer [Multi-jogador]


Com a chegada da Web 3.0 a Mídia Multiplayer surge como a nova fronteira para a criatividade e a colaboração.

O conceito não é, de todo, novo. A própria bíblia já havia sido escrita neste mesmo formato, segundo afirmam os pesquisadores.


Aqui, dezenas (talvez centenas ou milhares) de criadores colaboram escrevendo diferentes partes de uma história que é compilada em uma peça única e distribuída para o grande público:

Os profetas antigos são substituídos por colaboradores digitais.

O papel dos gregos e Alexandre Magno (que compilaram os diversos contos e livros em uma história e língua unificada) é assumido por instituições (co)criadoras de conteúdo. Modela o conjunto até sua forma ideal (modo ninja, por assim dizer).

Todos trabalhando juntos oferecem um produto rico, plural e extremamente amadurecido ao público.


Em resumo, neste modelo milhares (ou mesmo milhões) de colaboradores alimentam o sistema com contudo e valor. Como em uma game MMO RPG, uma plataforma reúne e trabalha este conteúdo criando uma obra única. O público recebe aqui a peça original e lapidada, uma "Obra de Arte”criada por muitos para muitos.

Este modelo traz benefícios muito interessantes:

  • O excedente criativo da mídia maníaca abastece a criação multiplayer com conteúdo diverso e em escala, com custo relativamente baixo;

  • DO público e PARA o público, estas tornam-se “CRIAÇÕES SEM CABEÇA”: Partindo do coletivo esta forma de arte é mais resistente à censura. Menos vulnerável à cultura do cancelamento.

  • Por fim, e mais relevante de tudo, ao ser criada a partir de muitos, a mídia multiplayer tende à DISTRIBUIÇÃO VIRAL. Aqueles que trabalham na construção de um conteúdo provavelmente desejarão compartilhar suas criações. Refletindo o pensamento de milhares, este conteúdo torna-se permeável entre milhões.

A Logística da Criação


Embora promissor e perfeitamente alinhado à essência da Web 3.0, a produção criativa neste formato requer um verdadeiro “aparato logístico” para ganhar forma. Da coleta de “sementes de conteúdo” para a inspiração,pasando pela maturação da ideia, criação do modelo inicial, avaliação e lapidação pelo público até chegar na peça final. Um processo complexo talvez, mas que pode também ser encarado como a parte divertida da coisa toda.


Um proCesso complexo talvez, então a chave é manter O MAIS SIMPLES POSSÍVEL.

Um desafio que podemos resolver com a tecnologia.



Criação Multiplayer em Rio Frenz


Foi muito motivador perceber que, ao mesmo tempo em que idealizávamos uma forma colaborativa de criação para Rio Frenz, este modelo já ganhava corpo de forma tão amadurecida nas mãos de Mario Gabriele e experimentada em seu portal de artigos e notícias - The Generalist.

Assim podemos estruturar nosso framework de forma produtiva e criativa.


Em um conceito ideal, os RIO LOVERS de todo o mundo assumem o papel de CELEIRO DE ESTÓRIAS. Agentes coletivos de onde nascem personagens com a riqueza que o Rio possui e as identidades e paixões que cada um carrega em si.

Em uma comunidade digital divertida e vibrante, coletamos experiências incríveis que ganham formas em PERSONAGENS ICÔNICOS. Um RETRATO DO RIO em POCKET STORIES.


Em diferentes mídias, o público interage com estas estóias gerando criando relações espontâneas entre ele e os personagens e podem consumir produtos que empressam este amor pelo Rio e por si mesmos como POSTERS, MODA PRAIA, COLECIONÁVEIS, SOUVENIRS e EXPERIÊNCIAS EM REALIDADE VIRTUAL. as experiências mais ricas ganham corpo em mídias mais elaborados como LIVROS, QUADRINHOS ou SÉRIES EM ANIMAÇÃO.

Em uma terceira instância, o desenho ganha consistência para - por que não? - ocupar seu lugar em mostras Uma experiência artística onde as pessoas podem conhecer o Rio e a si mesmos pela linguagem única do Cartoon.


É como uma turma do Charlie Brown envolvendo seu coração com personagens em histórias incríveis.

Memes, tirinhas, quadrinhos, figuras de ação, podcasts, filmes live action, séries em animação…

O mundo é pequeno frente a imensidão de histórias que o Rio de Janeiro a contar.


Tornar isso realidade é um privilégio do qual você pode particiar.

Bora!

 
Agradecemos muito a Mário Gabriele por nos apresentar este conceito! ❤️
Conheça na íntegra o artigo original:

The Generalist: Media Multiplayer


Imagens: Pexels.com e Depositphotos

 
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